6 motivos para ir ao fonoaudiólogo
Trocas na fala, língua presa e respiração oral: esses são os motivos que, geralmente, levam os pacientes ao fonoaudiólogo. Mas há outros motivos que justificam uma consulta. No momento em que uma pessoa tem dificuldades de comunicação, ela apresenta problemas de convívio social.
A comunicação está associada diretamente com a qualidade de vida, vejamos alguns casos no qual a consulta ao fonoaudiólogo é indicada.
Trocas na fala
Quando as crianças iniciam suas primeiras palavras, por volta dos 12 meses de idade, elas sempre falam com trocas de sons, omissão e repetição de sílabas e sons. Tudo isso ocorre, pois, a fala é um ato motor complexo que envolve diferentes estruturas cerebrais. Como o cérebro do bebê e toda sua musculatura orofacial ainda está em formação ele não possui plena capacidade de falar como o adulto.
Abaixo temos uma etapa de desenvolvimento dos sons conforme idade das crianças:
- 18 meses: b, m;
- 2 anos: p, t, d, n;
- 2 anos e meio: k, g, nh;
- 3 anos: f, v, s, z;
- 3 anos e meio: x (ch), j (ge – gi);
- 4 anos: l, lh, r, rr, s e r intermediários e encontros consonantais;
- 5 anos: desenvolvimento completo.
Padrão respiratório
A consulta também pode ajudar o paciente a estabelecer um padrão respiratório. Respirar pelo nariz é de fundamental importância para o crescimento e o desenvolvimento harmônico da face, bem como para a saúde geral do indivíduo. A respiração oral não é caracterizada como uma doença, mas como conseqüência de condições que estabelecem a obstrução nasal crônica. Por sua vez, o padrão respiratório oral pode ocasionar alterações craniofaciais ósseas e musculares, nas arcadas dentárias, na postura corporal, no crescimento e desenvolvimento, e distúrbios do sono, com alterações cognitivas e piora na qualidade de vida.
Língua presa
Também chamada de anquiloglossia, a língua presa acontece quando a pequena membrana que fica abaixo da língua (conhecida popularmente como “freio”) é menor do que o normal, impedindo o órgão de se movimentar livremente.
Muitos bebês com a língua presa não apresentam qualquer sintoma. Isso porque a pele abaixo da língua se desenvolve conforme a criança cresce ou então ela se adapta à restrição. Contudo, algumas crianças com língua presa podem apresentar:
- Problemas para sugar o leite da mãe durante a amamentação
- Espaço entre os dentes inferiores da frente
- Problemas na fala, principalmente fonemas com as letras T, D, Z, S, N e L
- Problemas pessoais ou sociais relacionados com o movimento restrito da língua, tais como bullying.
Perda auditiva
Deficiência auditiva pode ser causada por vários fatores, mas envelhecimento e ruído são as duas causas mais comuns.
O que é deficiência auditiva?
Deficiência auditiva (perda auditiva) é quando a habilidade auditiva da pessoa é reduzida. Deficiência auditiva faz com que a pessoa tenha dificuldade de ouvir diálogos e outros sons. As causas mais comuns de deficiência auditiva (perda auditiva) são ruídos e envelhecimento. Na maioria dos casos deficiência auditiva não pode ser curada. Deficiência auditiva é, normalmente, tratada com o uso de aparelhos auditivos.
Resistência da voz
Todo ser humano possui uma voz única que, além de mera ferramenta de comunicação, carrega traços de sua faixa etária, sexo, tipo físico, personalidade e estado emocional. Para alguns, no entanto, ela representa muito mais do que isso. Chegar ao fim do dia com a garganta doendo ou totalmente sem voz é sinal de alerta quando isso se torna uma rotina, fato muito comum em profissionais que usam muito a voz, como é o caso de professores que passam o dia alterando a voz por conta das aulas. A fonoaudiologia entra no cenário ajudando na resistência muscular da prega vocal, tratando ou melhorando a qualidade de voz.
Os profissionais que trabalham com a voz devem ficar atentos aos cuidados. Tudo pode influenciar esse frágil instrumento de trabalho: a alimentação, a hidratação, a mudança de temperatura, as roupas, entre outros fatores.
Disfagia
A disfagia é uma doença caracterizada pela dificuldade de engolir, ou seja, fazer a deglutição de alimentos ou de líquidos. O tratamento do paciente disfágico pode envolver medidas fonoterápicas, clínicas ou cirúrgicas. Fazem parte do tratamento modificações dietéticas, adaptação de manobras e terapias facilitadoras da deglutição, uso de medicações e exercícios para diminuir a quantidade de saliva e até alguns procedimentos cirúrgicos. Algumas dicas são importantes durante as refeições, principalmente para quem já apresenta dificuldades: alimentar-se sempre sentado, em ritmo e velocidades seguros; evitar distrações enquanto se alimenta; procurar não conversar enquanto está comendo; manter atenção durante as refeições; evitar assistir à televisão, ouvir rádio ou permanecer em um ambiente barulhento.
E você, está com alguma dificuldade citada acima ou conhece algum amigo ou parente com algum destes sintomas? Entre em contato e marque uma avaliação.